Cacau de origem controlada avança no País

Floresta do Rio Doce S.A. investe R$ 8 milhões para processar cacau em Linhares (ES)

Renato Abaurre – um do 5 sócios da Rio Doce e Rommel Barion Vice Presidente da Area de Chocolates - ABICAB
Renato Abaurre – um dos cinco sócios

da Rio Doce e Rommel Barion 

Vice-Presidente da Área

de Chocolates - Abicab
A oferta de cacau de origem controlada no Brasil deve aumentar. Foi inaugurada em Linhares (ES) a primeira fábrica de processamento de cacau de origem do País. A Floresta do Rio Doce S.A. conta com área construída de 1.250 m2 e capacidade inicial de moagem de 2,5 mil toneladas por ano. Do total produzido, 1/3 será exportado para a Bélgica. A etapa inicial do empreendimento conta com 32 empregos diretos e cerca de 1,2 mil postos indiretos.

A região de Linhares produz 10 mil toneladas de cacau por ano e, assim, ocupa a terceira posição de maior produtor no Brasil. A nova fábrica irá produzir liquor de cacau  – que serve de base para o chocolate – a partir dos frutos de Linhares e também de regiões próximas, como João Neiva, Aracruz e São Mateus. O processamento do fruto plantado às margens do Rio Doce, em Linhares, porém, será separado, para definir o sabor e o aroma do cacau em cada região do Estado.
O Espírito Santo possui cerca de 20 mil hectares plantados com cacau, e a atividade envolve aproximadamente 1.200 produtores. Cerca de 95% dessa área estão no município de Linhares.  A estimativa é que, em 2010, a produção total do Estado alcance 13 mil toneladas.

Luciano França – um do 5 sócios da Rio Doce e Rommel Barion Vice Presidente da Area de Chocolates - ABICAB
Luciano França – um dos cinco sócios 

da Rio Doce e Rommel Barion

Vice-Presidente da Área

de Chocolates - Abicab
O  diretor-presidente da Floresta do Rio Doce S.A., Paulo Gonçalves, informa que o objetivo da nova fábrica de processamento de cacau de origem é preencher uma lacuna existente no mercado nacional de chocolates, com a oferta de um produto com mais sabor. O objetivo é que os chocolates feitos com o cacau de Linhares sejam reconhecidos aqui e no exterior como produtos diferenciados. Para isso, a qualidade do liquor de cacau será controlada, e todas as etapas do processo serão monitoradas, desde o plantio até o produto final.     
Paulo Gonçalves é diretor-presidente da Floresta do Rio Doce
Paulo Gonçalves
é diretor-presidente
da Floresta do Rio Doce

Segundo o executivo, a Floresta do Rio Doce iniciou as atividades com foco na expansão, pois o objetivo é dobrar a capacidade de produção a médio prazo. Além disso, a fábrica tem como meta produzir também manteiga e pó de cacau. O projeto prevê aumentar a capacidade de produção para 5 mil toneladas/ano e, até 2012, atingir 7,5 mil toneladas.